sexta-feira, 16 de julho de 2010

Interferência na Administração Empresarial e Sociedade/Adequação da Empresa-Administrador.

Muito se tem falado nas responsabilidades das empresas perante seus funcionários, acionistas, clientes, enfim, todos os stakeholders tomados no sentido mais geral possível do termo, o que englobaria, no limite, a sociedade como um todo e até o mundo, hoje cada vez mais globalizado. A preocupação com princípios éticos, valores morais e um conceito abrangente de cultura é necessária para que se estabeleçam critérios e parâmetros adequados para atividades empresariais socialmente responsáveis.

A discussão sobre a responsabilidade social das empresas vem ocupando um espaço cada vez maior tanto no meio empresarial como no meio acadêmico. Não há ainda, porém, unanimidade quanto a qual deva ser o posicionamento social das empresas. Por um lado, advoga-se que a empresa é socialmente responsável ao cumprir meramente sua função de gerar empregos, pagar impostos e proporcionar lucros aos acionistas. De outro lado, defende-se a idéia de que as empresas devem assumir um papel muito mais relevante que o comportamento clássico. É uma corrente de pensamento que se apóia na teoria dos stakeholders, segundo a qual as empresas devem assumir uma postura social, pressupondo-se com isso seu comprometimento com os interesses e aspirações de toda a sociedade.

Ser socialmente responsável implica, para empresa, valorizar seus empregados, respeitar os direitos dos acionistas, manter relações de boa conduta com seus clientes e fornecedores, manter ou apoiar programas de preservação ambiental, atender a legislação pertinente à sua atividade, recolher impostos, apoiar ou manter ações que visem diminuir ou eliminar problemas sociais nas áreas de saúde e educação e fornecer informações sobre sua atividade. Em resumo, a empresa deve ter os conceitos de ética e transparência como os princípios básicos de sua conduta.

Em razão desse aspectos, pode-se questionar o que uma empresa ganha com isso. Aponta-se que as empresas obtêm benefícios, representados por melhor visibilidade, maior demanda e valorização de suas ações, menor custo de capital, preferência dos investidores na seleção de seus investimentos, diferenciação pelos consumidores – que estão começando a dar preferência a empresas socialmente responsáveis na hora da compra –, criação de novos produtos , fortalecimento interno, goodwil e sustentabilidade dos negócios, o que também cria valor para as empresas na forma de vantagens competitivas, representadas por maior retorno, maior valor e maior produtividade. Por outro lado, o mercado também sairia ganhando, pois essas empresas proporcionam melhor acesso às informações, tornando o investimento menos arriscado e dando mais segurança aos direitos societários. Assim, esses aspectos melhorariam a performance financeira das empresas, afetando positivamente também a sua valoração.

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